Fazenda Paineiras da Ingaí -
Búfalos Murrah Leiteiros |
|
A Fazenda Paineiras da Ingaí |
Meia Noite -
1042Kg
Desde 1970 vimos nos
dedicando à exploração desta espécie, inicialmente na região
do Vale do Ribeira, no estado de São Paulo, e a partir de 1983
no município
de Sarapuí-SP, entre Itapetininga e Sorocaba, onde contamos hoje
com um rebanho de cerca de 300 animais da raça Murrah, com uma
exploração visando particularmente a produção de leite e
animais destinados à reprodução. Paralelamente à nossa
própria exploração desenvolvemos um projeto mais ambicioso de
fomento para consolidação da criação em nossa micro-região.
O projeto geral da propriedade foi então desenvolvido em
diversas etapas:
Ampliação
do rebanho próprio e seleção por absorção. A partir de fêmeas de origem
Mediterrânea, efetuamos cruzamentos absorventes com animais
Murrah puros, reconhecidamente uma raça de excelente aptidão
leiteira em seu país de origem, buscando a obtenção de indivíduos de
melhor performance na produção leiteira, de mais rápido
desenvolvimento e com características raciais bem marcadas.A
base do
rebanho
foi o reprodutor Meia Noite. Paralelamente, mantivemos um lote de
femeas puras, a fim de favorecer os cruzamentos por absorção e
buscar a fixação do padrão racial, concomitantemente à
seleção dos caracteres zootecnicos de produção (maior
produção leiteira e rápido desenvolvimento ponderal). Dos
produtos assim obtidos, diversos animais de destaque foram
obtidos (veja destaques), entre eles o reprodutor Monte Negro da
Ingaí, filho de uma das maiores produtoras do país (Andhra),
cujo semen vem sendo muito utilizado em programas oficiais de
inseminação.
Monte Negro
Multiplicação
regional de criadores. Após a implantação de nossa propriedade
no município de Sarapuí, através de uma política de fomento,
criamos grupos de cerca de 10 matrizes com um reprodutor e os
distribuimos a criadores da região para uma exploração sob o
regime de parceria, em que o criador ficava com toda a produção
leiteira destes animais, além de 50% das crias obtidas.
Fornecíamos ainda "assistência técnica" para a
implantação do criatório. Após um período de tempo
variável, as matrizes, ainda férteis, eram transferidas a
outros criadores da região, sendo que o criador original já
dispunha de um rebanho próprio. Esta política permitiu o
aparecimento nestes 14 anos, de mais de 60 criadores em nossa
região.
Ampliação
do valor econômico da produção. A produção leiteira dos animais era
totalmente escoada para usinas tradicionais da região, onde o
leite não era remunerado pelo seu real valor econômico. Assim
sendo, implantamos um pequeno laticínio que, artesanalmente,
procurava transformar
o valioso leite de búfalas em derivados mais nobres
(particularmente a conceituada mozzarella de búfala), de forma a
agregar-lhe valor. Outra
iniciativa foi o desenvolvimento de pequena "selaria",
que através de convênio com cortumes, adquire couro de búfalos
transformando-o em selas e vestimentas, demonstrando a
viabilidade da exploração do couro destes animais, até então
um fator de depreciação dos mesmos. Da mesma forma, passamos a
destinar o abate de animais ao comércio local, procurando
estimular o mercado consumidor a conhecer e melhor avaliar as
qualidades da carne destes animais, que, anteriormente costumavam
ser abatido como bovinos.
Exploração
comercial do laticínio. A partir de 1994, o pequeno laticínio já
contando com relativo conhecimento na transformação do leite,
passou a adquirir a matéria-prima inicialmente junto a seus
"parceiros" do programa de fomento, e posteriormente,
ampliando este mercado junto a outros criadores da região, procurando remunerar o leite a
preços compatíveis com aqueles obtidos por seus derivados e
procurando manter com os produtores estreito relacionamento
de forma a, ao invés de simples fornecedores, passarem a ser
parceiros da pequena indústria, de quem recebiam orientação
sobre o manejo e sanidade do rebanho, bem como contavam com apoio
em compras cooperativadas de diversos insumos. Paralelamente,
procuramos difundir junto ao mercado varejista as qualidades dos
derivados de leite
de búfalas, que apresentaram
bastante aceitação. O laticínio teve suspensa suas atividades,
por razões de ordem pessoal, em 1997. O leite produzido na bacia
passou então a ser enviado a outros laticínios que processam
exclusivamente leite desta espécie.O impacto da produção de
búfalos leiteiros na micro-região pode ser em parte avaliado
por uma pesquisa realizada em outubro de 1.996, junto a 26
fornecedores, que bem caracteriza e espelha a realidade destes
produtores, cuja íntegra encontra-se neste home page (
pesquisas).
Nosso trabalho concentra-se hoje na intensificação do processo seletivo, buscando um manejo alimentar baseado fundamentalmente em um modelo de pastejo rotacionado na maior parte do ano, e procurando racionalizar o manejo na ordenha e dos bezerros.